quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Os 18 parlamentares mais assíduos

Tiririca e outros 17 parlamentares estão no grupo dos mais assíduos

GABRIELA GUERREIRO
ERICH DECAT
DE BRASÍLIA
 

                          
Na contramão da maioria dos deputados, um grupo de 18 parlamentares não faltou a nenhuma votação da Câmara neste ano. Entre os mais assíduos está o deputado Tiririca (PR-SP).

A candidatura do palhaço causou polêmica, em 2010. Seu principal slogan de campanha era que o Congresso, "pior do que está, não fica".

Só 4% dos deputados foram a todas as votações em 2012

Beto Oliveira/Divulgação/Câmara dos Deputados
O deputado Tiririca (PR-SP) durante audiência na Câmara
O deputado Tiririca (PR-SP) durante audiência na Câmara
O deputado disse que não faz "mais do que a sua obrigação" por estar presente todos os dias para trabalhar. "Sempre fui comprometido com tudo o que faço. Nunca faltei meu trabalho no circo, no show e na TV. É assim que eu sei viver", disse.
Apesar da alta frequência, Tiririca nunca discursou no plenário. Nos dois anos de mandato, apresentou sete projetos de lei, com foco em ações e benefícios para atividades circenses e artísticas.

RANKING

Também figuram na lista o deputado Reguffe (PDT-DF), o mais votado para a Câmara em 2010, Rubens Bueno (PR), líder do PPS, e Mauro Benevides (PMDB-CE), ex-presidente do Senado.

Dos 18 mais assíduos, 5 são do PMDB. O PDT aparece em segundo lugar com 4 deputados, seguido pelo DEM e o PR --cada um com 3 parlamentares. O PT, PSB e o PPS têm um deputado na lista cada.

A Constituição determina que o parlamentar só perde o mandato se faltar a um terço das sessões com votações e não apresentar justificativa. Além do direito a trabalhar somente três dias por semana, os congressistas têm dois recessos por ano, em julho e em janeiro, que somam 55 dias sem atividades.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Como surgiu o mensalão



SISTEMA DE CORRUPÇÃO BRASILIANO.

• Um sistema já existia no tempo de FHC e foram 8 anos de privatização milionários. Um país vendido pelos bandidos do MR 8 – Colinas – VPR e outros e hoje assume uma guerrilheira...
• Como de costume o “capô” diz sempre não saber, a exemplo de Lula.

...
A HISTÓRIA

Parte 1 – ELO PUBLITARIO

• MARCOS VALÉRIO diz: ------- Duda meu amigo. PT vai assumir e a teta das “aves bicudas” vai secar.
• DUDA MENDONÇA diz: ------ Calma! Não vai não. Dá-me um tempo que vou falar com o Zé e te dou um retorno. Ok!
• DUDA MENDOÇA: ------- Zé. Boa noite. Precisamos falar seriamente.
• Zé: ----- Diz Duda!
• DUDA MENDONÇA: ------ Zé. Tem um esquema ai que rola grana altíssima e vocês precisam cumprir os pagamentos, inclusive o meu. Comprar a bancada e outros Zé....
• Zé: --------- Calma Duda. Vamos inclusive ter que pagar os violeiros da campanha, você e muitos outros.
• Zé: ---------Vamos assumir com os amigos do PSDB e ai ficamos numa boa e de bom tamanho para o MBD.

Ai continua os membros da “incubadora do PSDB” a conduzir o roubo ao país em favor da corja.
Continua no esquema o “ELO FINANCEIRO e o ELO POLITICO do PSDB, PT” e da “BANCADA ALIADA A CORRUPÇÃO”.
Rabos se entrelaçam e o Brasil perde a oposição.

Assim o “esquema” continuou buscando, roubando, corrompendo, matando subornando juízes e por ai a “corrupção” foi institucionalizada.
Um dia lindo o sol brilhava retumbante, alguém teve a feliz ideia de plantar nos correio a câmara maldita, flagrando a Corja.

• O estopim da crise surgiu com a revelação de uma fita de vídeo, que mostra o então funcionário dos Correios Maurício Marinho recebendo dinheiro de supostos empresários.
• No vídeo, o funcionário dos Correios dizia ter autorização do deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ).
• A gravação da fita foi feita pelo advogado curitibano Joel Santos Filho que, fazendo-se passar por um empresário interessado em negociar com os correios, obtém de Maurício Marinho declarações detalhadas de um imenso esquema de corrupção, envolvendo muitas pessoas em cargos de poder, além de flagrá-lo recebendo e embolsando o que supunha ser propina.
• Quando as investigações se voltaram para relação entre Maurício Marinho e Roberto Jefferson foi que ocorreu a declaração de Roberto Jefferson à Folha de São Paulo a respeito, “batizando de mensalão”, foi a primeira vez em que publicamente o termo foi utilizado.
• O PT tenta calar Roberto Jeferson, mas o canalha queria ser presidente do Brasil e dizem que naquela noite que o guarda roupa cai no olho de Jeferson, foi uma ação do deputado Arlindo Chinaglia ao tentar convencer Jeferson.
• Ai Inês é morta.
• Tentam caducar o PROCESSO PENAL 470 MG, onde vários canalhas tiveram a penas prescritas.
• Os 81 lord do senado, durante 7 anos, ignoram o Art. 52 da CF inciso II onde poderia agir sobre os “Bandidos de Toga”, mas os rabos continuam presos.
• Surge ai novo heróis como o batman Joaquim e as belas adormecidas do STJ – Sistema Tardio de Justiça...

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Quanto custa a corrupção.

Quanto custa a corrupção*


  • 24,5 milhões de alunos das séries iniciais do ensino fundamental
  • 160 milhões de cestas básicas
  • 918 mil casas populares do Programa Minha Casa Minha Vida II
  • Pagar 209,9 milhões de bolsas família (valor máximo)
  • Equipar e prover material para 129 mil escolas das séries iniciais do ensino fundamental
  • Construir 57, mil escolas das séries iniciais do ensino fundamental
* Dados da Fiesp


Corrupção do cidadão, alimentada pela corrupção política.

Lista aponta 10 ‘práticas de corrupção’ do dia a dia do brasileiro



 

Protesto AFP
Protesto anti-corrupção em Brasília: especialista avalia que jovens estão mais conscientes
 
Quase um em cada quatro brasileiros (23%) afirma que dar dinheiro a um guarda para evitar uma multa não chega a ser um ato corrupto, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais e o Instituto Vox Populi.
Os números refletem o quanto atitudes ilícitas, como essa, de tão enraizados em parte da sociedade brasileira, acabam sendo encarados como parte do cotidiano.
Muitas pessoas não enxergam o desvio privado como corrupção, só levam em conta a corrupção no ambiente público", diz o promotor de Justiça Jairo Cruz Moreira.
Ele é coordenador nacional da campanha do Ministério Público "O que você tem a ver com a corrupção", que pretende mostrar como atitudes que muitos consideram normal são, na verdade, um desvirtuamento ético.

Como lida diariamente com o assunto, Moreira ajudou a BBC Brasil a elaborar uma lista de dez atitudes que os brasileiros costumam tomar e que, por vezes, nem percebem que se trata de corrupção.

  • Não dar nota fiscal

  • Não declarar Imposto de Renda

  • Tentar subornar o guarda para evitar multas

  • Falsificar carteirinha de estudante

  • Dar/aceitar troco errado

  • Roubar TV a cabo

  • Furar fila

  • Comprar produtos falsificados

  • No trabalho, bater ponto pelo colega
  • Falsificar assinaturas

"Aceitar essas pequenas corrupções legitima aceitar grandes corrupções", afirma o promotor. "Seguindo esse raciocínio, seria algo como um menino que hoje não vê problema em colar na prova ser mais propenso a, mais pra frente, subornar um guarda sem achar que isso é corrupção."

Segundo a pesquisa da UFMG, 35% dos entrevistados dizem que algumas coisas podem ser um pouco erradas, mas não corruptas, como sonegar impostos quando a taxa é cara demais.

Otimismo


Mas a sondagem também mostra dados positivos, como o fato de 84% dos ouvidos afirmar que, em qualquer situação, existe sempre a chance de a pessoa ser honesta.

A psicóloga Lizete Verillo, diretora da ONG Amarribo (representante no Brasil da Transparência Internacional), afirma que em 12 anos trabalhando com ações anti-corrupção ela nunca esteve tão otimista - e justamente por causa dos jovens.

"Quando começamos, havia um distanciamento do jovem em relação à política", diz Lizete. "Aliás, havia pouco engajamento em relação a tudo, queriam saber mais é de festas. A corrupção não dizia respeito a eles."

No Rio, manifestantes defendem "limpeza" no governo

"Há dois anos, venho percebendo uma grande mudança entre os jovens. Estão mais envolvidos, cobrando mais, em diversas áreas, não só da política."

Para Lizete, esse cenário animador foi criado por diversos fatores, especialmente pela explosão das redes sociais, que são extremamente populares entre os jovens e uma ótima maneira de promover a fiscalização e a mobilização.

Mas se a internet está ajudando os jovens, na opinião da psicóloga, as escolas estão deixando a desejar na hora de incentivar o engajamento e conscientizá-los sobre a corrupção

"Em geral, a escola é muito omissa. Estão apenas começando nesse assunto, com iniciativas isoladas. O que é uma pena, porque agora, com o mensalão, temos um enorme passo para a conscientização, mas que pouco avança se a educação não seguir junto", diz a diretora. "É preciso ensinar esses jovens a ter ética, transparência e também a exercer cidadania."

Políticos x cidadão comum


Os especialistas concordam que a corrupção do cotidiano acaba sendo alimentada pela corrupção política.

Se há impunidade no alto escalão, cria-se, segundo Lizete, um clima para que isso se replique no cotidiano do cidadão comum, com consequências graves. Isso porque a corrupção prejudica vários níveis da sociedade e cria um ciclo vicioso, caso de uma empresa que não consegue nota fiscal e, assim, não presta contas honestamente.

De acordo com o Ministério Público, a corrupção corrói vários níveis da sociedade, da prestação dos serviços públicos ao desenvolvimento social e econômico do país, e compromete a vida das gerações atuais e futuras.

Crueldade em nome da honra.

Para mãe que matou filha com ácido, esse era 'seu destino'

Paquistanesa decidiu castigar garota de 15 anos por ter olhado para um menino

Uma menina de dez anos, vítima de queimadura por ácido, brinca em um centro de reabilitação em Islamabad, no Paquistão
(Bay Ismoyo/AFP)
 
A mãe paquistanesa que matou sua filha adolescente com ácido por ela ter olhado para um menino afirmou que o destino da jovem era morrer dessa forma, em entrevista à rede BBC. A polícia prendeu Mohammad Zafar e sua mulher Zaheen em 29 de outubro por terem atacado sua filha Anusha, de 15 anos, que morreu no hospital dois dias depois de sofrer terríveis queimaduras causadas por ácido.
Inicialmente, acreditava-se que a garota mantinha um relacionamento com o rapaz. Mas as chamadas "punições de honra" são feitas por muito menos, muito comuns nas regiões mais conservadoras do Paquistão. Ativistas de direitos humanos dizem que mais de 900 mulheres foram mortas no ano passado depois de serem acusadas de levar vergonha a sua família.
Falando à rede BBC, o pai de Anusha contou que ele e sua mulher haviam advertido a garota muitas vezes de que não podia olhar para meninos. "Ela disse: 'não fiz isso de propósito, não vou fazer de novo'", contou a mãe, descrevendo como sua filha tinha implorado por perdão. Mesmo assim, ela jogou o ácido em seu rosto. "Era o destino dela morrer assim", completou.
Os pais ainda esperaram por dois dias para levar Anusha ao hospital. A menina sofreu queimaduras em 70% do corpo. O incidente ocorreu em um momento em que a repressão às mulheres no Paquistão chama a atenção no mundo todo. O ataque dos talibãs a Malala Yousafzai, ativista do direito feminino à educação, foi criticado por autoridades nacionais e internacionais.
(Com agência France-Presse)

sábado, 3 de novembro de 2012

Olha o que acontece quando o político fala o que todo mundo já sabe.

Senador que chamou colegas de ladrões é acusado por improbidade e crimes eleitorais


 
 
O senador Mário Couto (PSDB/PA) – que, sem citar nomes, chamou colegas de “ladrões” e “corruptos” – voltou falar sobre o assunto em plenário hoje e, novamente, gerou confusão. Outros senadores pediram que ele citasse os nomes dos acusados, mas ele se negou, dizendo “não ser necessário” e por estar amparado no regimento da Casa. Couto se dirigiu ao Supremo Tribunal Federal em seu pronunciamento, pedindo celeridade na análise de ações que aguardam julgamento lá.
O próprio parlamentar, entretanto, é alvo de um inquérito no STF, por crimes eleitorais, e ações civis no Tribunal de Justiça do Pará, movidas pelo Ministério Público do estado “para ressarcimento de danos causados ao erário e responsabilização por improbidade administrativa em decorrência de desvios de recursos da Assembleia Legislativa do Pará durante o período em que ocupou a presidência da Casa (2003-2007)”, afirma o portal Transparência Brasil, que reúne dados sobre políticos brasileiros.
Segundo a Folha.com, a senadora Ana Amélia (PP/RS), que chegou a discutir com Couto, exigiu responsabilidade do colega. “Nós já sofremos muito nessa Casa. Sangramos esse ano com a cassação de mandato de um colega, e eu penso que enxovalhar generalizadamente a Casa e a instituição não é um bom serviço”, disse
Fonte: administradores.com.br



Você concorda com o comentário da senadora Ana Amélia?


Gastos com as Câmaras Municipais - R$ 9,5 bilhões por ano

CÂMARAS CUSTAM R$ 9,5 BI E NÃO SÃO TRANSPARENTES

MÁQUINA CARA E NEBULOSA
Autor(es): Chico de Gois
O Globo - 09/09/2012
Gastos crescerão ainda mais com aumento de 10% no número de vereadores

Levantamento da Confederação Nacional dos Municípios feito para O Globo revela que 752 prefeituras não informaram ao Tesouro o custo de seu legislativo e 699 relataram não ter nenhuma despesa

O Brasil gastou pelo menos R$ 9,5 bilhões em 2011 para manter as Câmaras de Vereadores nos seus 5.565 municípios. Tanta despesa — metade do orçamento anual do Bolsa Família —, não vem, no entanto, acompanhada de transparência e ainda crescerá com a criação de mais 5.426 vagas em relação a 2008, relata Chico de Gois. O GLOBO pesquisou os 26 sites dos legislativos das capitais e constatou que, na maioria dos casos, há apenas nomes e fotos dos vereadores com alguns projetos e o orçamento total das Casas. Não existem informações como salários dos parlamentares e servidores, o número de funcionários em gabinetes ou as despesas com diárias.
Sem fiscalizar ou prestar contas de gastos e atos, Câmaras custam R$ 9,5 bilhões por ano

BRASÍLIA As câmaras municipais, apesar de próximas fisicamente dos moradores, são o Poder menos transparente, o mais vulnerável à corrupção, o que menos presta contas aos eleitores e um dos mais caros aos cofres públicos. O custo dos legislativos nos 5.565 municípios brasileiros ficou em quase R$ 10 bilhões (R$ 9,5 bilhões) em 2011, considerando apenas as despesas declaradas. É o equivalente a cinco orçamentos anuais do Ministério da Cultura. E este custo anual poderá ultrapassar os R$ 15 bilhões em 2013, quando um contingente maior de vereadores entrará em cena, e com salários maiores que os atuais - dinheiro suficiente para pagar por quase um ano os 13 milhões de benefícios do Bolsa Família (R$ 19 bilhões). Na eleição de outubro, 432.867 candidatos disputam as 57.434 vagas de vereadores. O número de vagas cresceu mais de 10% em relação a 2008 (52.008 vereadores) por força da aprovação de uma emenda constitucional, cuja validade se aplica agora.
Miniaturas do Congresso, os legislativos municipais, além de custar caro aos bolsos dos contribuintes e de ter pouca transparência, na maioria das vezes serve apenas para dizer amém aos planos traçados pelos prefeitos.
Fiscalizar os atos do Executivo, que seria a principal tarefa de uma câmara municipal, está apenas na carta de boas intenções. Na maioria das cidades, os vereadores são cooptados pelo poder local e fazem vista grossa aos atos e omissões do chefe da prefeitura.
Cláudio Weber Abramo, diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, avalia que a função das câmaras de vereadores foi esvaziada nas últimas décadas. Justamente por causa da "força" exercida pelo Executivo:
- Os vereadores não cumprem seu papel, não fiscalizam. Quem legisla, de fato, é o Executivo. Os prefeitos compram suas bases por meio da distribuição de cargos - afirma Abramo.
rio largo (AL): sete de dez vereadores presos
A pouca transparência e a falta de fiscalização favorecem as práticas de desvios e corrupção, com casos de desmandos generalizados no poder público. Foi o que aconteceu em Rio Largo este ano, na região metropolitana de Maceió, onde o prefeito e sete dos dez vereadores foram presos em maio, por corrupção. Em menor escala, esses casos se repetem país afora.
O efeito principal da falta de transparência é a dificuldade - em alguns casos, impossibilidade - de se saber exatamente quanto do dinheiro do contribuinte é dispendido com os vereadores brasileiros. O custo de cerca de R$ 10 bilhões com o Legislativo municipal, levantamento exclusivo feito para o GLOBO pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), foi estimado com base nas informações fornecidas pela maioria dos municípios ao Tesouro Nacional.
A CNM identificou no Tesouro dados de 4.813 prefeituras relativos a essas despesas, o que significa que mais de 700 nada informaram ao cofre central. Mesmo no universo de 4.813, há um grupo de 669 que computaram como zero o gasto do Legislativo, o que é improvável. A contabilidade do dinheiro público gasto pelos parlamentares é o exemplo mais forte de falta de transparência.
Mas os vereadores também sonegam outras informações de interesse comunitário: desde o parentesco de servidores de confiança até viagens ou dados simples de suas atividades. O GLOBO pesquisou os 26 sites dos legislativos das capitais do Brasil e constatou que a maioria não traz informações de fácil acesso. Há casos, inclusive, em que nem site há. Em São Luís, no Maranhão, por exemplo, ao tentar pesquisar dados sobre a Câmara o internauta se depara com um aviso de que, se continuar, a página poderá danificar o computador.
- As câmaras municipais são as menos transparentes de todos os poderes. Tudo que acontece na esfera nacional, acontece na esfera estadual e é muito pior nos municípios - afirma Cláudio Abramo. - A regra geral é a obscuridade.
O raciocínio de Abramo de que o exemplo vem de cima é compartilhado pelo presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, um ex-prefeito do interior do Rio Grande do Sul que há alguns anos se dedica a defender os interesses das prefeituras em Brasília. Todos os vícios, inclusive as práticas de corrupção, diz ele, são copiados das esferas superiores:
- Tudo que se vê no interior, em Brasília é igual. A Câmara dos Deputados, o Senado e as assembleias estaduais teriam que dar o exemplo, mas fazem o contrário.
no rio, cada vereador custa R$ 7,8 milhões
Considerando apenas os vereadores de capitais, um levantamento da Transparência Brasil aponta que na Câmara do Rio cada um dos seus 51 representantes custa R$ 7,8 milhões anualmente, tomando como base o orçamento da Câmara Municipal deste ano. É a segunda mais cara do país, levando-se em conta a relação do número de vereadores pelo valor do orçamento. A primeira é São Paulo: R$ 8,5 milhões por cada um de seus 55 parlamentares.
Porém, se o cálculo levar em conta a população da cidade, a Câmara de Florianópolis passa a ser a mais cara per capita entre as capitais. Lá, cada morador paga R$ 99,49 por representado. No Rio, esse custo é de R$ 62,73, per capita. Dinheiro que o cidadão não sabe como é gasto.
A aprovação da Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor em maio, está longe de chegar às câmaras. Na maioria das vezes, os sites se limitam a exibir os nomes e as fotos dos vereadores, alguns projetos e o orçamento. Não há, por exemplo, informações básicas, como quanto ganham os vereadores, quantos funcionários dispõem em seus gabinetes, quanto recebem de diárias, quantos funcionários há no total. Também é difícil encontrar Legislativo que informe e-mails dos vereadores ou os telefones dos gabinetes. Todo esse jogo de esconder reforça a visão de que os vereadores não querem dar satisfação de seus atos ou de seus gastos.